terça-feira, 20 de outubro de 2009

EXPOSIÇÃO - " O GRIVO "


O Museu de Arte da Pampulha está recebendo a exposição do grupo Grivo que utiliza de aparatos eletrônicos para acionar o mecanismo de seus objetos envolvendo o conceito de interatividade.
As peças são de madeira e formam um sistema onde o funcionamento de uma roldana ativa todas as outras através de elásticos e barbantes. Além disso, quando as peças funcionam podemos perceber um ruido característico em cada obra já que o movimento de determinadas partes do objeto,bem como seu atrito com outras, nos permite ouvir um som bem sutil.
Acredito que as instalações do Museu não são as mais adequadas para essa exposição já que a delicadeza das obras é inferiorizada pela magnitude e amplitude da construção arquitetônica do lugar. Algumas obras também, não estavam em perfeito funcionamento evidenciando a precariedade do sistema que talvez não seja tão concreto e funcional.
A exposição como um todo as vezes cai na mesmisse já que a ideologia da estrutura é sempre o mesmo. A obra "8" , em particular, que utiliza 8 caixas de som que emitem ruidos aleatórios de agulhas, batuques e sinos as redor de um vão circular é a mais peculiar mas me causou grande desespero e euforia. Tive a sensação de estar num presídio com várias goteiras onde a estagnação do tempo é agonizada pela ansiedade de saber qual é o próximo ruído e de onde ele virá.
O mais interessante nas obras, contudo, foi deparar com uma arte que aguça os sentidos mesmo sendo tão delicada. Considero, porém, que a visita ao complexo do Museu me acrescentou bem mais do que a da própria exposição.

sábado, 10 de outubro de 2009

OBJETO INTERATIVO - RESULTADO FINAL


Depois de muitas tentativas frustadas com o antigo objeto interativo cheguei ao resultado final : um labirinto na mangueira!
Utilizando a idéia inicial de montar caminhos de forma que uma esfera imantada os percorresse acionando os red switchs e , por sua vez, os leds, resolvi concretizar o objeto utilizando mangueira cristal de jardim.
Cortei com estilete algumas faixas e coloquei algumas bifurcações para que houvesse multiplicidade de caminhos. Nessas ramificações ficaram localizadas as lâmpadas bem como as pilhas, fonte de tensão para acendê-las. Para que esse dispositivo não ficasse tão visível e também para um melhor acabamento dos "Y" utilizei durex colorido.
A montagem em si foi bastante trabalhosa, cortar o plástico foi uma tarefa árdua mas a parte mais crítica foi montar as bifurcações de forma que a bolinha passasse livremente de acordo com a vontade do manipulador. Por se tratar de um objeto grande, foi possível, inclusive, vestir-se dele para melhor manuseio o que aumentou ainda mais a interatividade.
Os gastos foram grandes, tanto físico quanto material...Os switches são bem fráges e os leds se queimavam com facilidade.
Na conclusão, após ter a satisfação de vê-lo pronto, o mais importante é que ficou um trabalho bem acabado e bastante bonito. Além disso, funcionou perfeitamente e qualquer pessoa pode se divertir e interagir ilimitadamente!

HÉLIO OITICICA E A "ANTIARTE POR EXCELÊNCIA"


Samba e o " Parangolé" estão intimamente ligados para Hélio Oiticica. Ritmo, dinamismo e movimento compõe as duas artes que, na maioria das vezes, transmitem um ideal de alegria e expressividade.
Ao criar o parangolé, objeto feito de capas ou simplesmente pedaçoes de panos coloridos Oiticica quis mostrar a "incorporação do corpo na obra e da obra no corpo", ao vestir-se com ele, nossas ações acabam por estruturar a obra e podem assim, formar infinitas imagens e passar diferentes sentidos.